A carta

Carta... Dessas que necessitam de envelope e selo postal e que o correio demora, às vezes, dias para entregar.
Embora estando no reinado dos e-mails, cartas ainda possuem bastante significado...
Começo dizendo que ela ainda não chegou.
O motivo? Não sei.
Penso na hipótese de ter sido extraviada, que meu endereço não estava correto ou o correio ainda não entregou...
Com um pouco a mais de racionalidade, imagino não ter tido tempo de enviá-la, ou até mesmo porque não quis fazê-lo.
Agora com despeito (consciente): Será que foi endereçada propositalmente a outro destinatário?
Sei que ela foi escrita... O vento me disse.
Hoje quis realmente saber onde ela foi parar.
Chamas? Cinza?
Reciclagem?
Ou em uma lixeira qualquer?
Sabe por que ainda penso nela? Essa carta continha gotículas de orvalho para acalmar a minha dor. Palavras que meu coração precisava ouvir.
Ela não chegou. Estou aqui, até hoje. Esperando a carta, que agora sei: Era a última.

Decisão

Antes mesmo de começar a escrever me deparei, aqui mesmo no sistema, com uma pergunta:
Qual o nome do blog?
Qual seria?
Qual???
Pensando bem, acho que atribuir nomes é quase como registrar um filho.
Pelo menos no sentido da responsabilidade e do significado que um nome traz consigo, revelando, de alguma forma, a identidade dos pais - autor. Logo, o receio de interpretações recorrentes permeiam a imaginação do criador.
Um nome... preciso de um nome...
Talvez nada definitivo...
Algo que retrate as coisas que mais me inquietam...
Que me assombram...
Que me façam sorrir...
Quem sabe refletir...
Um retrato de verdades. Nem sempre absolutas. Por vezes obsoletas, (para alguns).
Retratos da vida ou da imaginação (sonhos e vontades) de uma menina que deseja, timidamente, conquistar um lugar ao Sol.

Ps.: Meu primeiro post. Confesso: Um misto de emoção e nervosismo...
Muita coisa virá por aí.
E essa é a minha maneira de dizer boas-vindas...
Fique a vontade.

Abraços.