Destino?

Já deixei tanta coisa para trás.
Algumas me fazem falta até hoje.
Outras, nem me lembro mais. Só sei que não estão aqui.
Outras ainda tenho comigo e sinto que me falta coragem para varrê-las...
Entulhos do tempo que sujam nossa vida, criando cenário perfeito para aranhas,
poeira, morcegos...
Não compensa se lamentar porque alguma situação se tornou incontrolável pra voce, ou não aconteceu como voce desejaria que acontecesse.
Pensando bem, não precisamos procurar o caminho, basta não se perder na trilha.
O caminho está a sua frente, a vida pulsa.
Cabe a nós não embaraçarmos com as velhas batidas e não nos escondermos em uma caverna.
Chega de morcegos, teias e pó!
Pegue logo água de chuva, saia para ver o sol e, se necessário for, uma dose de amnésia...
Lave a alma de ressentimentos e murmurações.
No final das contas, nós conhecemos as pessoas que precisávamos conhecer, no momento que era ideal, vamos aos lugares que nossos pés deveriam pisar. Não há o
que mudar.
Podemos mudar sim o modo como essas experiências acontecem. Chorando menos, reclamando menos, sorrindo mais, vivendo mais.
As coisas que deixamos ou que nos deixaram, definitivamente, não nos são vitais.

Sorrisos, afeto e colo...

Resolvi alimentar um pouco mais a criança que vive em mim. Não levar tão a sério a rotina e, mesmo sem aquela ingenuidade dos meus cinco anos, gargalhar ao observar algumas caras escondidas entre lençóis, como em um esconde-esconde, numa bricadeira onde escondem rosto, coração, opções, decisões. Talvez por falta de coragem ou outro motivo que prefiro não estimar.
Valorizar mais o indivíduo que comigo vem brincar, do que as verdades (ou, na maioria das vezes, suposições de verdades) individuais que nao afetam o conviver. Levar o viver! Isso é fato. O que poderá afetar será somente o afeto...
E se tiver vontade de pedir colo? Não hesitarei: Que sejam explícitas as necessidades, obscuras as vaidades e evidentes os abraços de bem-querer. Até beijos, dependendo da vontade...